Postado por Padrão do site em 31/ago/2019 -
Aline Bonifácio
A cerimônia de formatura da primeira turma do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde) foi realizada em 30 de agosto, no Museu da Vida, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Estiveram presentes alunos de todos os polos acadêmicos integrados à rede nacional do programa de pós-graduação stricto sensu.
Os novos mestres formados pelo polo da Universidade Federal Fluminense são Marcelo Moraes Jorge, com sua dissertação sobre educação médica e análise do ensino em saúde da família na graduação; Mônica Morrissy Almeida, com sua dissertação sobre regulação assistencial para detecção precoce do câncer de mama no Estado do Rio de Janeiro; e Renato Bergallo Cardoso, com sua dissertação sobre gestão da atenção primária à saúde no município do Rio.
A presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Gulnar Azevedo e Silva, afirmou que o trabalho do ProfSaúde é inovador, que muitos médicos recém-formados percebem que não podem atuar sozinhos e reconhecem a importância do trabalho multiprofissional. “Cada um que sair daqui, voltará para sua cidade entendendo que é possível se formar valorizando a saúde coletiva”, concluiu.
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, parabenizou os novos mestres e lembrou o quanto foi difícil explicar a proposta do curso para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Considerávamos imprescindível aproximar duas tradições: a medicina da família e comunidade e a tradição da saúde coletiva. Na minha opinião, essa é a linha que deve orientar o debate sobre o novo programa Médicos pelo Brasil”, completou.
Para o Pró-Reitor do ProfSaúde e coordenador da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Abrasco, Luiz Augusto Facchini, a trajetória na área de saúde no Brasil nem sempre é fácil e, muito menos, acolhedora para todos. Porém, frisou que, mesmo com as dificuldades do cotidiano, o dia da formatura deveria ser para pensar nas conquistas e nas possibilidades de produzir aquilo que é significativo para o percurso de todos.
Facchini lembrou que, mesmo com subfinanciamento, foi possível estender a Estratégia de Saúde da Família para mais de 40 mil equipes, propiciando que mais de 130 milhões de pessoas no Brasil fossem atendidas. Por fim, comemorou o sucesso da implantação do mestrado e afirmou que, em breve, haverá condições para proporem a criação do doutorado profissional em saúde da família.
Na mesa de abertura, estiveram também presentes a coordenadora de ações de nível superior do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Adriana Fortaleza Rocha da Silva; a diretora substituta de Desenvolvimento da Educação em Saúde, do Ministério da Educação, Aldira Garrido Teixeira; a representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Maria Célia Vasconcellos; e a vice-presidente de educação, informação e comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado.